10 de Dezembro de 2012 - “Aqui, somos todas Apodi”. É com esse slogan que feministas da Marcha Mundial das Mulheres de todo o País vão protestar na próxima segunda-feira, 10, contra o projeto do perímetro irrigado da Chapada do Apodi. Caso seja implementado o “Projeto da Morte”, como está sendo disseminado entre ativistas, as terras produtivas de famílias camponesas serão entregues ao agronegócio.
Para a militante Conceição Dantas, da Marcha Mundial das Mulheres, é 
preciso barrar esse projeto e impedir que ele seja colocado em prática. “Apodi
 é um território onde existem várias experiências de convivência com o 
semiárido. É um local onde a agricultura familiar está dando muito 
certo, cultivando de maneira limpa e preservando o meio ambiente. Esse 
projeto vem destruir tudo o que foi construído e conquistado pelas 
mulheres de famílias agricultoras de Apodi”, comenta.
Inicialmente, 60 famílias serão atingidas e desapropriadas de suas 
terras, mas esse número pode chegar a 800 famílias que moram nas 30 
localidades rurais da região quando o projeto estiver em fase 
conclusiva. “O projeto está sendo arbitrário, ninguém chegou para 
essas famílias, que vivem da agricultura, e perguntaram se elas 
aceitavam entregar as suas terras”, explica a militante Camila Paula.
Na tentativa de amenizar a perda, o Departamento Nacional de Obras 
Contra as Secas (DNOCS), órgão executor do projeto, está realizando um 
reordenamento agrário das terras em troca de indenização. Para cada 100 
hectares estão sendo pagos R$ 1 mil, um valor considerado ínfimo diante 
das perdas das famílias. “São pessoas que vivem da agricultura e não 
têm para onde ir ou outra ocupação. A cidade não tem condições de 
empregar todo mundo. Como essas famílias vão ficar? Tem família que vai 
receber R$ 7 mil, o que é isso diante do que elas vão perder?”, indaga Camila Paula.
Via ApoDiário. 
 
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