A
Organização Mundial da Saúde chama atenção, por ocasião do Dia Mundial
da Saúde, para aumento do número de pessoas com mais de 60 anos. Em
quatro décadas, 80% dos idosos viverão em países em desenvolvimento e
emergentes.
A
população mundial está envelhecendo rapidamente. Em poucos anos, já
haverá no mundo mais pessoas acima dos 60 anos do que crianças menores
de cinco, informou a OMS. E o problema não se restringe aos países
ricos.
"Muitas
pessoas ainda acreditam que isso só diga respeito aos países ricos e
que seja uma preocupação restrita à Europa e ao Japão. Mas isso não é
verdade", diz John Beard, diretor do Instituto para Envelhecimento e
Planejamento de Futuro da OMS em Genebra. "Atualmente, os países com
renda baixa e média são os que passam pelos processos de envelhecimento
mais rápidos. Em 2050, haverá 2 bilhões de pessoas idosas no mundo, e
80% delas viverão em países que atualmente classificamos como emergentes
ou em desenvolvimento", alerta.
Na
verdade, a notícia pode ser considerada boa, pois significa que a
expectativa de vida e o bem-estar da população estão aumentando em
termos globais. Entretanto, a idade avançada é comumente vista como um
efeito colateral do desenvolvimento socioeconômico.
"No
passado, sempre falávamos no prolongamento da vida por alguns anos.
Isso está certo, e os países estão conseguindo progressos enormes nesse
sentido", aponta Margaret Chan, chefe da OMS. Porém, envelhecer não
basta, seria preciso dar um passo adiante. É preciso preencher os anos
adicionais com qualidade de vida. Para Chan, as pessoas de todo o mundo
têm o direito de envelhecer com boa saúde.
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