16 de Setembro de 2012 - Não é para curtir. Ou é? A rede social Facebook está provocando uma mudança no comportamento conjugal das pessoas. Pesquisa feita na Inglaterra mostra que aproximadamente 30% dos divórcios citam a palavra “Facebook” como um dos motivos para a separação. A realidade se aplica mundo afora. No Brasil não há dados compilados, mas todos os especialistas que falam sobre as redes sociais da internet dizem que elas interferem nas relações de namoro, casamento e, principalmente, no divórcio. A explicação reside no aumento do interesse pela vida do outro, aliado à exposição nos sites de relacionamento. Tudo junto, encontra-se a facilidade para quem deseja trair, o que descabanda na interferência das redes nos relacionamentos conjugais.
Normalmente a curiosidade começa quando algum amigo ou amiga do parceiro começa a mandar recados afetuosos no Facebook, Twitter, MSN Messenger, Badoo e outras redes sociais ou de mensagens instantâneas. A curiosidade pode se refletirnum problema de relacionamento, conforme apontou a pesquisa de comportamento na internet realizada pela Intel. O levantamento mostra que xeretar (ou cutucar, como diria o Facebook) a vida do parceiro no mundo on line se tornou algo corriqueiro. Aproximadamente um terço dos internautas assumiram fazer isso.
Outro estudo, organizado pela TNS Research, é ainda mais revelador: os resultados indicaram que 62% dos brasileiros e brasileiras checam o perfil dos namorados(as) em redes sociais. Curiosamente, o percentual pula para 67% quando se trata do ex-namorado ou ex-namorada.
Foi numa dessas mensagens que o natalense João Araújo descobriu que a mulher, Maria Eduarda (nomes fictícios), estava marcando um encontro com um ex-namorado da adolescência. As conversas na rede comprovaram que ele estava sendo traído. Ele imprimiu todos os posts e não gostou do que leu. “Ela ficava muito na internet à noite, às vezes saia da cama para ficar no computador. Em determinado momento eu consegui distraí-la fazendo-a deixar a conta aberta. Li tudo”, disse ele. O próximo encontro da mulher como amante seria numa viagem que ela faria ao Rio de Janeiro. João proibiu Maria de viajar, e hoje ele está tentando o divórcio litigioso, aquele em que o parceiro não concorda com a separação.
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