27 de Setembro de 2012 - O astro do cinema Herbert Lom, mais conhecido como o lunático
inspetor-chefe Charles Dreyfus nas comédias "Pantera Cor-de-Rosa",
morreu aos 95 anos, de acordo com a mídia britânica.
O agente do ator nascido na República Tcheca não pôde
imediatamente confirmar os relatos de que Lom morreu tranquilamente
durante o sono nesta quinta-feira. A mídia não especificou onde ele
morreu, mas o ator morava em Londres.
Nascido em uma família aristocrática pobre em Praga, em 1917, ele
encurtou seu nome complicado para Lom e apareceu em vários filmes
feitos localmente até emigrar para a Grã-Bretanha antes da 2a Segunda
Guerra Mundial e fixar residência no país.
Lá, ele construiu uma carreira que abrangeu mais de 100 filmes e incluiu uma boa parcela de vilões.
"Aos olhos dos ingleses, todos os estrangeiros são sinistros", teria dito ele, resignadamente, em 1991.
Lom interpretou Napoleão Bonaparte duas vezes, incluindo em
"Guerra e Paz", de 1956, ao lado de Henry Fonda e Audrey Hepburn, e o
rei de Sião na primeira produção londrina do musical "O Rei e Eu", em
1953.
Dois anos mais tarde, ele colaborou com Peter Sellers na comédia
de humor negro "Matadores de Velhinhas", e eles trabalhariam juntos
novamente em 1960 e 1970 na série "Pantera Cor-de-Rosa".
Nela, Lom era o cada vez mais enlouquecido Dreyfus, ao lado do
desafortunado inspetor Clouseau, e o sucesso de seu personagem se deveu
muito às improvisações próprias de Lom.
Em uma entrevista para o jornal The Independent, em 2004, Lom
lembrou que foi ele quem inventou o tique nervoso de Dreyfus, que se
tornou sua marca registrada.
"Eu comecei a piscar de nervosismo, e não conseguia parar", disse
ele. "Não estava no roteiro, mas (o diretor) Blake Edwards adorou. Mas
se tornou um problema. Fiz esses filmes por 20 anos, e depois de 10
anos, eles ficaram sem bons roteiros."
"Eles costumavam dizer: 'Herbert, pisca aqui, pisca. E eu disse,
'Eu não vou piscar. Você escreva uma boa cena e eu não vou ter de
piscar."
Ele também escreveu dois romances, "Enter a Spy", publicado em 1971, e "Dr. Guilhotina", em 1993.
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