Até 2015, a expectativa é que os idosos sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos.
No Dia Internacional do Idoso, lembrado na segunda-feira, 1º de outubro, o órgão destacou que, enquanto a tendência de envelhecimento da sociedade é motivo de celebração, ela também representa desafios, uma vez que requer novas abordagens relacionadas aos cuidados com a saúde, à aposentadoria, às condições de vida e às relações intergeracionais.
Pesquisas anteriores indicam que o crescimento da parcela de idosos deve-se ao resultado da melhoria na qualidade de vida, queda na taxa de natalidade, acesso à assistência médica e a remédios, alimentação e prática de atividade física. Porém, a geriátrica, Ana Lúcia de Sousa Vilela, observou que faltam políticas públicas eficazes para os idosos, que são comuns em países desenvolvidos, onde representam quase maioria da população.
Atualmente,
duas em cada três pessoas com mais de 60 anos vivem em países
desenvolvidos. Até 2050, a proporção deve passar a ser quatro em cada
cinco.
"O país do futuro envelheceu. O
Brasil tem hoje mais idosos que crianças, embora as políticas para as
crianças, gestantes, sempre tenham sido maiores. Mas não temos serviços
preparados para os idosos e faltam profissionais de saúde para atender o
idoso", justificou à Agência Brasil.
A
médica também comentou sobre o preconceito contra os idosos,
considerados por muitos indivíduos inúteis, “como se estivessem
aposentados não só do trabalho, mas também do convívio social. O idoso
está conquistando seu espaço e está mudando o modo de pensar”, analisou,
ao citar o Estatuto do Idoso (criado em 2003), como avanço na
legislação.Expectativa
O estudo indica que, até 2015, a expectativa é que os idosos sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos. E, em apenas dez anos, 200 milhões de pessoas devem passar a integrar o grupo.
Atualmente, duas em cada três pessoas com mais de 60 anos vivem em países desenvolvidos. Até 2050, a proporção deve passar a ser quatro em cada cinco.
Cerca de 47% dos homens idosos e quase 14% das mulheres idosas em todo o mundo ainda estão inseridos no mercado de trabalho. Muitos deles, são vítimas de discriminação, abusos e violência.
"Se não forem observadas imediatamente, as consequências dessas questões devem pegar países de surpresa. Em diversas nações em desenvolvimento que têm grandes populações jovens, por exemplo, o desafio é que os governos não têm colocado em prática políticas que apoiem as populações mais velhas ou que sirvam como preparação para 2050", alerta a UNFPA.
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