quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fortaleza é uma das Cidades mais Desiguais da América Latina, diz ONU.

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Relatório da ONU diz que Aglomerados Urbanos Causam Desigualdades.
População de Fortaleza Corre Risco 'muito alto' com Catástrofes, diz ONU.



 22 de Agosto de 2012 - Fortaleza aparece como uma das cidades de pior distribuição de renda entre as cidades da América Latina em relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), divulgado nesta terça-feira (21).
Entre as 37 cidades com as maiores aglomerações urbanas da América Latina, citadas no relatório, Fortaleza é a que tem a menor representação do PIB municipal em relação ao PIB nacional. Segundo a ONU, as riquezas produzidas em Fortaleza representam 0,8% do total produzido no Brasil. Recife aparece em segundo lugar no país, com 1%.

Saiba Mais
 
Fortaleza é também a cidade com menor PIB por pessoa entre oito cidades do Brasil, com US$ 2.223; São Paulo aparece em primeiro lugar, com PIB per capta de US$ 6.977.
Entre as cidades do Brasil, Fortaleza é a segunda mais desigual, atrás apenas de Goiânia. Em seguida aparecem Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. Ainda segundo o relatório da ONU, o nível de aglomeração urbana na capital cearense deixa a população em nível de risco "muito alto" em inundações, deslizamento de terra e outros desastres naturais.
Segundo o relatório da ONU, Fortaleza subiu na participação do PIB nacional de 0,7% para 0,8% entre 2002 e 2008, o que trouxe crescimento urbano à cidade. O crescimento, no entanto, ocorreu sem planejamento, criando ou ampliando aglomerados urbanos.
O Brasil é o 14ª país da América Latina, segundo o relatório, com mais pessoas vivendo em favelas. No país, 28% da população moram em comunidades com infraestrutura precária, a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é mais alto do que a média latino-americana, de 26%.

Brasil
 
O relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050. O índice de urbanização brasileira foi o maior em toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje, 86,53% da população brasileira vivem em cidades.

O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.

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