sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Mesmo Preso, Cachoeira Comandava Jogo Ilegal no DF, diz Delegado.


Suspeito de operar esquema de jogo ilegal em Brasília e de ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira chega na Divisão Especial de Combate ao Crime Especializado (Foto: Felipe Néri/G1)

24 de Agosto de 2012 - Polícia prendeu 3 pessoas suspeitas de ligação com esquema do bicheiro.
Contraventor foi preso na operação Monte Carlo, da PF, em fevereiro.


O delegado da Divisão de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, Henry Lopes, disse nesta sexta-feira (24) que há indícios de que, mesmo preso, o bicheiro Carlinhos Cachoeira comandava um esquema de jogo ilegal no Distrito Federal.
“Há indícios de que pessoas dessa quadrilha deviam obediência a ele. Existem testemunhas e depoimentos de que Cachoeira comandava a quadrilha mesmo preso. Como ele fazia isso, como ele se comunicava com a quadrilha, está sob sigilo”, disse o delegado.
Nesta sexta-feira, a polícia prendeu três pessoas suspeitas de integrar o esquema de jogos ilegais ligado ao bicheiro. Duas pessoas estão foragidas.
Segundo Lopes, duas pessoas presas são apontadas pela Polícia Federal como braços direitos do bicheiro estavam operando no DF. Eles usavam a mesma logística do esquema do contraventor, disse.
Funcionários de casas de jogos ilegais fechadas em Brasília e máquinas caça-níqueis apreendidas pela polícia na capital vieram de um dos pontos explorados pelo grupo ligado ao contraventor em Valparaíso, no Entorno do DF, afirmou o delegado.
A polícia identificou sete casas de jogos ilegais no DF – em Sobradinho, Ceilândia, Asa Norte, Asa Sul, Jardim Botânico, Lago Sul e Lago Norte. De acordo com Lopes, cada casa faturava em média R$ 8 mil por dia. O grupo chegava a buscar clientes em casa.
Todas as pessoas presas nesta sexta podem responder por formação de quadrilha, crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. As penas variam de 5 a 12 anos de prisão, em caso de condenação.
Dos cinco mandados cumpridos nesta sexta-feira pela Operação Jackpot, três são contra suspeitos presos durante a operação Monte Carlo e posteriormente liberados.
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Operação Monte Carlo
Suspeito de comandar rede de jogo ilegal em Goiás, Carlinhos Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Segundo gravações da PF, o esquema envolvia políticos e empresários em uma rede de corrupção, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas.

Após ser preso, Cachoeira foi levado para o presídio federal de Mossoró por razões de segurança, mas depois transferido para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está até hoje.
Em março, o Ministério Público Federal em Goiás ofereceu denúncia à Justiça Federal contra 81 pessoas envolvidas na máfia dos caça-níqueis desarticulada pela Operação Monte Carlo. Segundo o MPF, tinham participação na quadrilha três policiais federais, sete policiais civis, 28 militares, um policial rodoviário federal e dois servidores públicos.
Eles foram denunciados por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais.

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