O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é comemorado neste sábado (28). Por conta disso, vários estudos e informações sobre a doença vêm sendo divulgados ao longo desta semana. Dados e números sobre a hepatite alertam a população sobre a importância de prevenir uma doença silenciosa, que tem no diagnóstico precoce maiores chances de cura.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra 33 mil casos de hepatites virais por ano (A, B, C, D e E), sendo a maior parte do vírus tipo B. Em Rio Claro, segundo informações do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) da Fundação Municipal de Saúde, mais de 80% dos casos registrados são de hepatite C, considerada a mais perigosa.
Em 2011, foram notificados 70 casos de hepatites virais, sendo oito pelo vírus B e 62 pelo vírus C. Neste ano, o município registrou 38 casos de hepatite C e seis casos de hepatite B. A Secretaria de Estado da Saúde destaca que “a hepatite é uma doença silenciosa e que demora a apresentar sintomas, pois o período de incubação do vírus pode variar entre 10 e 30 anos”. Por isso, a maioria das pessoas desconhece ser portadora da doença, daí a importância de fazer exames de sangue periódicos.
Como a doença não apresenta sintomas, os pacientes não procuram o médico. Dessa forma, sem o diagnóstico e tratamento adequados, muitos casos evoluem para a insuficiência hepática, cirrose ou o câncer hepático, podendo causar a morte.
Cada tipo de vírus tem predomínio de um meio de transmissão. A hepatite A, que acomete em sua maioria crianças e adolescentes, é transmitida pela ingestão do vírus por meio de água e alimentos contaminados devido às más condições de higiene.
Já o vírus tipo B, que afeta em sua maioria jovens e adultos, tem como principal meio de transmissão as relações sexuais. A hepatite C tem maior incidência entre pessoas com mais de 40 anos. Ela é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado no país. Esse tipo de vírus tem predomínio de transmissão sanguínea: transfusão, compartilhamento de objetos perfuro-cortantes não esterilizados, e o uso de drogas.
Para evitar a disseminação das hepatites virais, a Secretaria de Saúde orienta a população sobre os meios de prevenção. Conforme o órgão, 70% dos casos de hepatite B são transmitidos por relação sexual, por isso é importante o uso do preservativo, já que o contágio pode ocorrer em uma única relação sem proteção.
Como o sangue também é um alto meio de transmissão, a dica é não compartilhar objetos cortantes. “Na visita à manicure, recomenda-se levar seu próprio kit, com alicates e outros instrumentos. Também tenha a sua própria lâmina de barbear e só utilize agulhas ou seringas que sejam descartáveis. Colocação de piercings e tatuagens são procedimentos arriscados, quando não realizados com os devidos cuidados de esterilização”, aconselha a secretaria. E, por último, é preciso ficar atento quanto à higiene de utensílios e alimentos.
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