Você
 já teve algum dente cariado? Se a resposta for sim, saiba que não está 
sozinho. Ela é considerada a doença – sim, doença – mais comum no 
planeta, atingindo 5 bilhões de pessoas. Para ter ideia, 88% dos 
brasileiros já sofreram com o problema ao menos uma vez, segundo o 
Ministério da Saúde.
Para criar uma maior consciência sobre a gravidade desse buraquinho 
no esmalte dentário, chega ao país a Aliança para um Futuro Livre de 
Cárie, iniciativa internacional que reúne experts em odontologia ao 
redor do globo com a missão de alertar os profissionais de saúde e 
desafiar os responsáveis por políticas públicas sobre a necessidade de 
educar a população para prevenir o problema.
“Nossa meta é ensinar às pessoas que o diagnóstico é simples e deve 
ser feito o mais rápido possível”, conta o odontologista Marcelo 
Bönecker, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança
 no Brasil. Ousada, a empreitada almeja que crianças nascidas a partir 
de 2026 sejam livres de cárie.
A inflamação pode dificultar o fluxo de sangue até que ele pare 
totalmente, ao gerar coágulos ou placas que tampam 100% da passagem. É 
esse acidente de trânsito que deflagra infartos e derrames.
O elo entre saúde bucal e doenças cardiovasculares é tão relevante 
que desde 1977 existe no Incor uma divisão especialmente focada em 
tratar problemas na cavidade oral em pacientes cardíacos. A preocupação é
 justamente evitar o risco de endocardite, infecção grave com índice 
considerável de mortalidade (veja o infográfico na página ao lado). “A 
boca é responsável por 40% das ocorrências desse mal, e nossa função é 
evitar que todo o esforço no tratamento vá por água abaixo”, expõe 
Neves. O cardiologista Max Grinberg, diretor da Unidade de Valvopatias 
do centro de referência paulistano, completa: “Sempre recomendamos que 
os pacientes com disfunções nas válvulas cardíacas façam visitas 
regulares ao odontologista”.

 
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