O
 ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), deve 
decidir nesta segunda-feia (14) um pedido da defesa do bicheiro Carlos 
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para que ele seja dispensado de 
prestar o depoimento marcado para amanhã na CPI que leva seu nome. Na 
ação protocolada na semana passada, os advogados dizem que Cachoeira não
 deve comparecer à CPI antes de conhecer os documentos que servirão de 
base para as indagações dos parlamentares.
Para tentar convencer o Supremo, a defesa citou decisões anteriores 
do tribunal que dispensaram pessoas de prestar depoimentos a CPIs. Os 
advogados afirmam que Cachoeira será ouvido na condição de investigado e
 que, portanto, é necessário que conheça todas as provas que servirão de
 base para as perguntas dos integrantes da CPI.
Antes de entregarem um pedido de habeas corpus no STF, a defesa de 
Cachoeira, que está a cargo do ex-ministro da Justiça Márcio Thomas 
Bastos, tinha solicitado ao presidente da CPI, senador Vital do Rego 
(PMDB-PB), que fornecesse as informações. No entanto, o requerimento foi
 negado. Segundo os advogados, Cachoeira está "impedido de conhecer com 
inteireza o que pesa contra ele".
Os advogados pedem que o STF conceda uma liminar para adiar o 
depoimento para que Cachoeira "não seja compelido, antes de ter ciência 
das provas a ele vinculadas, a permanecer em silêncio contra seus 
legítimos interesses, ou a apresentar versão sobre fatos e provas que 
não conhece apropriadamente".

 
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